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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

LITERATURA E PSICANÁLISE

Aproximar a Literatura da Psicanálise visa à possibilidade de transmissão desta por meio de uma análise interpretativa do romance psicológico. Essa relação passa necessariamente, pelo enfoque psicanalítico do texto literário, pois também a Psicanálise trabalha com o verbal via interpretação, entretanto esse verbal pela Psicanálise Clínica é interpretado por meio da expressão na linguagem oral do paciente, enquanto na Crítica Psicanalítica é o texto que é interpretado como expressão escrita do personagem. .

A interpretação de textos literários foi uma das atividades de análise, exercidas por Sigmund Freud, considerado o teórico maior da Psicanálise devido à publicação em 1900, da obra “Interpretação de Sonhos”. Ele declarou que embora não fosse um conhecedor de arte, mas um leigo no assunto, que as obras de arte sempre exerceram sobre ele um efeito poderoso, sobretudo a Literatura e a escultura e, menos frequentemente, a pintura. Passava longo tempo contemplando-as, tentando apreendê-las à sua maneira e explicar a razão de seu efeito sobre si mesmo e sobre outras pessoas.

Freud dirige sua análise para a intenção do artista, expressada na obra, não para compreendê-la intelectualmente, mas para despertar em nós a mesma “constelação mental” que no artista produziu ímpeto de criar. Ele descobriu na literatura muitos insights que anteciparam e corroboraram os seus próprios, exemplo são os estudos das obras Os irmãos Karamazov, de Dostoievski, em Hamlet, no Neveu de Romeu, de Diderot, em Goethe. Ele pensava no autor como um neurótico obstinado que, pelo seu trabalho criativo, esquivava-se a um colapso, mas também a qualquer cura real. Isto é, o poeta é alguém que sonha acordado e é validado socialmente. Em vez de tentar alterar esse caráter, ele perpetua e publica as suas fantasias.

Todavia, a aproximação da Literatura e da Psicanálise pela Critica Psicanalítica atualmente não visa o estudo do processo criador, que caberia a Critica Genética. O que se pretende na análise pelo viéis psicanalítico é buscar no personagem dos romances e contos suas manifestações patológicas, deixando de lado a psicologia do escritor, para assim encontrar o inconsciente do personagem psicológico e para tanto e necessário que o método psicológico de Freud que consiste na análise interpretativa de algumas formações de tipo especial como a neurose obsessiva e a psicose, que se permitem reduzir às suas raízes inconscientes.

Nesse sentido, a finalidade da Psicanálise é possibilitar que se compreenda a personagem psicológica do romance e seu conflito interior. Para isso é necessário aproximar o discurso da Psicanálise das narrativas ficcionais, de ordem literária.

Esse método deve-se ao fato dos estudos literários estarem centrado na linguagem e sua estrutura, enquanto forma de expressão das imagens verbais, destacando-se nesse sentido a forma. Esses estudos são dirigidos à identificação, na obra literária, de aspectos narrativos, ou seja, a posição do narrador no contexto literário no qual se insere, surgindo os conceitos de “narrador onisciente” e “narrador personagem” identificados pela linguagem verbal do discurso. Essa visão, porém, mudou muito dado o desenvolvimento da Literatura em seu plano discursivo, em que o personagem moderno, além de narrar os fatos, protagoniza e pensa em sua condição social enquanto sujeito social da narrativa. Daí, portanto, a possibilidade de estudo psicológico do personagem.

O estudo literário, a partir da Crítica Psicanalítica admitiu nesse sentido o caráter não apenas formal da linguagem, mas também a constituição psicológica, em que o conteúdo da obra foi valorizado e a personagem passa a ser interpretada não somente por sua posição enquanto agente social, mas também em relação do seu comportamento e sua constituição psíquica.

O NASCIMENTO DA FONOLOGIA; Escola de Fonológia de Praga

Problema enfrentado pela Escola de Fonológia de Praga.

-“Na língua não existem senão diferenças, Saussure não chegou a assimalar nitidamente a distinção entre imagem acústica dos sons (a qual não é a somo limitada de elementos distintivos) e a substância material dos sons, com sua infinidade de movimento muscular.”(pg. XI)

Principal representante da Escola Fonológica de Praga:

-Roman Jakobson integrou o Círculo Lingüístico de Moscou, 1915, que seguiam as idéias do Formalismo Russo. Esse movimento colocava como primeira tarefa da crítica a análise das formas literárias, das mais simples (recorrências fônicas, por exemplo) às mais complexas (gêneros literários). Para os formalistas russos, o importante são os procedimentos (procedes, do francês) e não o conteúdo psicológico ou filosófico das obras. “O procedimento, eis o único herói da literatura” era a palavra de ordem para Jakobson”(pg. X)

Tese Proposição 22, apresentada em 1928, no Congresso Internacional de Lingüística, realizado em Haia, por Jakobson, Nicolas Serivitch e Karcevki. Marcando o nascimento da nova disciplina, a FONOLOGIA.(pg. X)

Obras de Jakobson,
· Notas sobre a evolução do Russo Comparada à das outras Línguas Eslava
· Princípios de Fonologia Histórica
· Sobre a Teoria das Afinidades Fonológicas entre as Línguas
· O Desenvolvimento Fonológico da Linguagem Infantil
· Coerências Correspondentes nas Línguas do Mundo

SOM e SIGNIFICADO
Lingüista polonês Jan Niecislaw Baudouin (1845-1929)
-inventor do termo FONEMA.
Mas foi somente com Jakobson que se chegou, por exemplo, a afastar o conceito de indivisibilidade unitária do mesmo. Antes dele, esse fato era admitido de tal modo que, na definição do termo incluía-se a não suscetibilidade de dissociação como característica do fonema. (pg. X)

Conceito de fonema

· Jakobson e Leonard Bloomfield, afirmam que o fonema é um feixe de traços distintivos e começou a operar diretamente com esses traços.
Fonema para Jakobson: princípios dicotômicos:

1. não apresenta “um significação próprio positiva”

2. contribuir para diferenciar os elementos lexicais significativos entre si, estabelecendo, desse modo, o contraste entre cada palavra (na qual se encontra) e todas as outras que, em circunstâncias análogas, encerram outro fonema.

3. a característica de um som lingüístico como o fonema depende de certos traços, cuja ausência ou presença o opõe, por sua vez, a todos os demais da língua.Esses traços constituiriam as unidades mínimas e indivisíveis

4. estabeleceu os quadros dos traços fônicos de uma língua e caracterizam os seus próprio fonemas.

5. cada fonema e analisado pelo critério de presença e ausência de um traço.Exemplo de pares de presença e ausência no português:
· sonorização – não-sonorização (/b/:/p/ , /d/:/t/ , /z/ : /s/ , etc)
· oclusão – não-oclusão (/p/ : /f/ , /b/ : /v/ , /t/ : /s/ , /d/ : /z/ , etc)
· palatização – não-palatização (/x/ : /s/ , /lh/ : /l/ , etc)
Evidencia assim, o caráter binário do traço distintivo – caráter esse que marcará (ou não), segundo sua presença (ou ausência), cada um dos termos que participam das diversas oposições fonológicas, de tal modo que, ao termo caracterizado pela presença da marca, Jakobson denominou “termo marcado”, e aquele caracterizado pela ausência, “termo não marcado”.
O binarismo do traço, porém, não se limita segundo Jakobson, à fonologia; a oposição “marcado”/ “não marcado” surge também em morfologia, em sintaxe, em semântica, e, inclusive, nos estudos sobre os distúrbios característicos da afasia (perda da palavra falada). (pg. XIII)
AFASIA para Jakobson
“desdobra –se em dois tipos de distúrbios referentes a dois tipos de anomalias da linguagem.

1. proveniente da deterioração capacidade de seleção das unidades lingüísticas pertencentes ao sistema, foi denominado distúrbio paradigmático 2. diz respeito à determinação do poder de combinar tais unidades na cadeia lingüística, chamado de distúrbio sintagmático.

Níveis do processo de comunicação no distúrbio:
· articulatório
· acústico
· nervoso
· perceptivo

(Coleção: Os Pensadores)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

LEITURA OBRIGATÓRIA: João de Jesus Paes Loureiro


(Abaetetuba, 23 de junho de 1939) é um escritor, poeta e professor universitário brasileiro. Professor de Estética, História da Arte e Cultura Amazônica, na Universidade Federal do Pará. Mestre em Teoria da Literatura e Semiótica, PUC/UNICAMP, São Paulo e Doutor em Sociologia da Cultura pela Sorbonne, Paris, França.

Possui diversas obras publicadas, como o livro "Cultura Amazônica - Uma Poética do Imaginário", tese de doutoramento na Universidade de Paris V (Sorbonne, França). Parceiro, como poeta, de vários compositores paraenses, tais como Wilson Dias da Fonseca, é autor da inspirada letra da valsa "Rachelina" (1922), escrita em 1996, cujo texto procura retratar, com fidelidade, o espírito da música composta por José Agostinho da Fonseca (1886-1945), em homenagem à pianista santarena Rachel Peluso.
(Winkepédie, acesso 24/12/2008)



(por Ramiro da Silva, publicitário)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

TEORIA DA COMUNICAÇÃO: Romam Jakobson


Roman Osipovich Jakobson (Роман Осипович Якобсон) (11 de Outubro de 1896 - 18 de Julho de 1982) foi um pensador russo que se tornou num dos maiores lingüistas do século XX e pioneiro da análise estrutural da linguagem, poesia e arte.
(Winkepédie)

TEORIA DA INFORMAÇÃO

“ O binarismo facilita o trabalho de emissão e recepção dos locutores e ouvintes, permitindo que, em sua operação cotidianas codificação e decodificação, obtivessem situações vantajosas de escolha binária, graças ao recursos informacionais.”

Modelo para a transmissão de comunicação:

(pg. XIV)

Emissor canal de transmissão Receptor

Mensagem(código)

*Código: tem a finalidade de transmitir um dado relativo à experiência do emissor a respeito do mundo, ou seja, um referente.

A partir daí, Jakobson deduziu que a linguagem apresenta seis funções, cada uma das quais, especificamente orientada a partir de um dos componentes do modelo.

Função Referencial (representativa ou denonativa): quando a comunicação se centraliza essencialmente no referente.

EX: a Lua é um satélite da Terra.

Função Expressiva ou Emotiva: quando visa à atitude do emissor em si diante de sua mensagem.

EX: Eu te amo.

Função Conativa: quando visa o receptor, para agir sobre ele.

EX: Não deixe de assistir à aula.

Função Fática: quando a mensagem contém elementos que procuram verificar o bom funcionamento do canal ou a atenção do receptor.

EX: Está ouvindo o que estou dizendo(PERGUNTA)

Função Metalinguagem: quando a mensagem é utilizada para explicar o código.

EX: Chover é verbo defectivo.

Função Poética: quando a mensagem visa, centralmente, à elaboração de sua própria forma.

EX: Já não queria a maternal adoração/ que afinal nos exaure e resplandece em pânico.

(Coleção Pensadores, Romam Jakobson)

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Funções da Linguagem
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TEORIA DA LINGUAGEM: José G. Herculano de Carvalho

TEORIA DA LINGUAGEM

O presente texto versa sobre algumas características e princípios teóricos da Teoria da Linguagem encontrados na obra de José G. Herculano de Carvalho, Teoria da Linguagem: Natureza do Fenômeno Lingüístico e a Análise das Línguas. No seu início a obra monstra-nós a natureza essencial da linguagem, em que o autor afirma ser essa natureza “uma actividade, um agir livre e finalístico, realizado pelos homens enquanto seres pensantes e enquanto membros e criadores da sociedade”(CARVALHO, pg.222). A língua para Carvalho será vista como uma atividade um fenômeno temporal, porque ao tempo a linguagem. Ela a linguagem ocorre num número de atos que denominou "actos de fala", "actos verbais", "actos linguísticos". O ato linguístico de um individuo falante e determinado por dois silêncios, o que precede seu início e o que marca sua conclusão. O ato de fala se dará entre um emissor e um receptor ou mais sujeitos que dialógam entre si. O ato verbal está presente nos dois primeiros actos e os diferencia, pois o primeiro será um ato verbal simples e o segundo um ato verbal composto, compreendendo este, como a totalidade dos atos simples realizados entre os indivíduos do diálogo.

Nesse primeiro momento, vemos a simplicidade com que trata o ato linguístico, enfatizando o acto verbal, pois para Carvalho a linguagem é uma atividade produtiva, valendo-se, do linguista Wilhelmvon Humboldt, que afirma ser a linguagem “não é uma obra. mas uma atividade”. Assim a linguagem não consiste na obra, e sim no agir que a produz.

Nessa atividade da linguagem devemos distinguir duas ordens de obras ou produtos: de um lado, um produto interno, do outro um produto externo. O primeiro é o conhecimento, o segundo é aquilo em que o conhecimento se manifesta, ou seja, o acto de fala que será fruto da soma dos significantes menores que se dispõem numa cadeia, que constituem o significado e que correspondem ao todo significante. A este objeto sonoro que é manifestado exteriormente do conhecimento, damos o nome de texto. Então, compreendemos que serão os textos o objeto imediato da observação e da análise Lingüística, ou mesmo, para toda a observação cientifica.

Vejamos agora outra distinção, que o autor faz em sua obra, e que deve ser especificada: a distinção entre texto propriamente dito e texto escrito.

“O texto propriamente dito ou em sentido próprio é o produto imediato do acto de fala, quer ele seja materialmente explicitado, quer se conserve no interior da consciência do sujeito falante, sob a forma de um significante, traduzido ou, ao menos, sempre susceptível de se traduzir em , numa cadeia de vibrações físicas produzidas pelo do sujeito emissor e captáveis pelo ouvido; produto da relação ao qual o texto escrito é algo de secundário, enquanto constitui únicamente a sua fixação ou resentação gráfica.”(CARVALHO, pg. 229)
“O texto escrito é uma fixação gráfica, visual, do texto em sentido próprio.”(CARVALHO, pg. 231)


São três os elementos essenciais no ato de fala o emissor, o recptor e o texto. Tadavia nota-se que se o “receptor contar exclusivamente com o texto – ignorando não só o código que presidiu à sua elaboração, mas também o que sabe (ou deve saber) acerca do locutor dos seus actos comunicativos anteriores e da realidade extra-linguística a que ele agora se refere, e fechado ainda os olhos e os ouvidos ao mundo real circundante e ao que, no produtor, acompanha a produção do texto sem fazer parte deste (a expressão fisionómica, o gesto, a maior ou menor intensidade da voz e da sua altura tonal absoluta) -, ele será totalmente ou em larga medida incapaz de compreender o texto e de realizar portanto a sua parte essencial no ato iniciado do emissor.”CARVALHO, pg. 359)

Além, da propriedade basica do texto escrito como registro ou representação gráfico do processo verbal ou mesmo do texto próprio a partir de sinais convencionais. Outra é sua fundamental propriedade, a de que representa constitui geralmente um texto compósito, quer dizer, o produto, não de um único ato, mas de uma série maior ou menor, conforme os casos, de atos de fala sucessivos, que sucessivamente se corrigem, produzindo vários textos, que se sobrepõem, alterando-o, ao texto inicial.

SABER LÍNGÜÍSTICO

O saber linguístico do indivíduo se forma pela aprendizagem, que o indivíduo o adquire aprendendo, recebendo-o, numa série de actos conscientes e intencionais, de outros indivíduos, com os quais convive, com eles estabelecendo uma comunicação. Constitui-se pela propriedade não exterior mais interior que o sujeito falante da língua, ou seja o conhecimento.
Sendo necessário para o sujeito falante da língua para realizar essa atividade de produzir um texto primeiramente que saiba como realizá-la, que possua a capacidade de falar, isto é, que conheça o modo de agir no falar e para falar. Assim, ver-se que esse agir e um agir finalístico e social, exigindo do sujeito que a realiza um conhecimento consciente dos seus atos e um saber adequar efizcasmente os meios, os instrumentos, as formas de agir às finalidades que deliberadamente procura alcançar.

Logo, também a atividade linguistica pressupõe e exige, no sujeito que a executa, a existência de um saber específico correspondente, a que chamaremos saber linguistico, e que não devemos confundir nem com o saber do linguista, nem com o conhecimento acerca do mundo, que é adquirido e transmitido através da própria linguagem. Este é, pois meramente o saber do sujeito falante, que constitui o pressuposto indispensável dessa sua atividade que é a mesma linguagem.

As cinco características do saber específico do sujeito falante:

1) que ele constitui um saber aprendido, isto é, adquirido pelo processo histórico da aprendizagem
2) que ele é simultâneamente individual e inter-individual
3) que é inicialmente não refletido ou pré-reflexivo
4) que constitui uma técnica (saber técnico)
5) que é, finalmente, um saber sistemático

Em toda aquisição de saber, o sujeito que aprende não se limita a aceitar os dados objetivos que lhe transmitem, mas realiza sempre uma verdadeira criação, que essencialmente consiste em, a partir dos dados recebidos, chegam ao conhecimento de outros não recebidos: pode suceder que estes novos dados assim obtidos sejam já conhecidos sos restantes membros da comunidade a que o indivíduo pertence, mas pode ser que o não sejam, dando-se neste caso uma verdadeira inovação, pela qual esse indivíduo cria, deliberadamente ou não, algo de novo, que acrescente ao transmitido e que pode agora transmitir a outros. Em todas as espécies de saber há, pois sempre uma parte de fidelidade ao passado, - onde o saber adquirido se mantém idêntico ao dos ensinantes -, e uma parte de inovação, - onde aquele diverge deste -, sendo porém em cada uma dessas espécies muito variável a proporção entre uma e outra. O saber linguistico pertence à categoria, em que a inovação individual é mínima, -, por razões bem evidentes: a de se tratar de um saber regulador de uma atividade realizada em grupo, tradicionalmente aceites, o que exige dos seus membros a sujeição às regras socialmente fixadas e que são justamente as que lhes foram transmitidas por outros indivíduos que antes deles já realizavam a mesma actividade; e logo, por uma razão especificamente linguistica, porque só essa obediência tácita às do permite, como já salientamos, que se realize a finalidade essencial da linguagem, a inter-comunicação.
Texto será definido como a obra ou produto externo do acto de fala. O texto será tratado como um produto secundário, em que o conhecimeto e principal, visto que, será o texto o instrumento através do qual esse conhecimento se realiza e se transmite.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

LEITURA OBRIGATÓRIA: Antônio Tavernar


Antonio Tavernard nasceu na Vila de São João do Pinheiro, atual Icoaraci, onde iniciou seus estudos. Logo depois, residindo já em Belém fez o curso de humanidades no Ginásio Paes de Carvalho, onde ajudou a organizar e fazer publicações para o jornal G.P.C, bastante divulgado na época entre os estudantes. Em 1925 terminou o ginásio e em 1926 ingressou na faculdade de Direito do Pará, onde teve sua vida encurtada por ter contraído hanseníase.
(Winkipédia)

LOUCO DE AMOR

Louco!
Louco de amor!
Possuir na vida, todo feito
de sonho e de Ilusão,
Um amor sagrado
e vê-lo de repente.
Aniquilado!
Lírio de cinzas.
Álgido desfeito
Oh! suplício cruel dos prometheus!
e ser ave no inverno
Sem seu ninho
É recordar o sol
e ser ceguinho
É ser proscrito
e acreditar em Deus!

Na tarde do rompimento
Chovia
e a tarde
Chorava!
O arvoredo soluçava
Saludido pelo vento
e as nossas mãos tristemente
Iam-se aos poucos
Deixando...
Como elos de correntes.

Que dos poucos se vão...
Quebrando!
Hoje...
Se choro,
Gargalham
Minh'alma estraçalham
Zombando da minha dor...
Maluco... me chama
e eu prossigo...
Sem carinho
e sem amigo
Louco!
Mas louco!
De amor!

(Obras Reunidas de Antonio Tavernard, volume I (POESIA), edição de 1986)

Noto: Estava no Sistema Integrado de Museus no departamento de documentação. Quando recebi a incubência de realizar a decupagem das fitas do acervo, do Museu da Imagem e do Som, recentemente integrado ao Sistema Integrado de Museus. Nesse período fazia-se o Cetenário do Maestro Waldemar Henrique. Decupando as fitas referentes ao maestro, tive o privilêgio de assistir um treço do musical "Casa da Viúva Costa", musicada por Waldemar Henrique. Nesse treço da fita o ator caracterizado como um vagabundo canta na vaguidão da noite a poesia, de Antônio Tavernad, feita para o musical, "Louco de Amor", nesse momento escorreu uma lágrima de nostalgia.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

LEITURA OBRIGATÓRIA: José de Alencar


José Martiniano de Alencar (Messejana, 1 de maio de 1829 — Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro. Filho de influente senador, José de Alencar formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária através dos jornais Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Foi casado com Ana Cochrane. Irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto Cochrane de Alencar.
(Wikipédia, acesso 04/12/2008

REFLEXÃO SOBRE ALENCAR

José de Alencar não era de modo algum um filosofo para conformar-se com a maneira por que o público fluminense o acolheu a ele e à sua alma de uma impressionabilidade doentia, um delicado, apto a se ofender de tudo. Não fora assim, ele começaria por compreender que o seu drama era um verdadeiro desafio ao sentimento da ocasião, que não podia ser senão mal recebido, e que só havia duas coisas a fazer, ou retirá-lo por se furtar à dor de um desastre, que a sua sensibilidade tomaria quase como uma afronta pessoal; ou ir bizarramente com ele à cena, arrostando os preconceitos e os sentimentos do público, sotopondo a sua arte aos juízos do vulgo, menosprezando de antemão o êxito, qualquer que ele fosse, sobrepondo a tudo a confiança na sua inspiração, a sua siceridade de artista a sua convicção de pensador, pronto finalmente a sorrir igualmente à vitória ou à derrota.

Mas seria não conhecer os escritores, os poetas, os artistas, os simples literatos, e, principalmente, seria desconhecer por completo José de Alencar, exigir tanto. Por mais que gritem o seu desprezo pela multidão, por mais que proclamem o seu desdém pelo "vulgo vil sem nome", por mais que se encerrem na "torre de marfim" de poetas olímpicos ou de intelectuais refinados, por mais que digam que não trabalham senão por amor de si mesmos, da sua arte, e de uma resumida escolha de iniciados, são homens, e homens mais cheios de vaidade que nenhuns outros talvez. E são todos, em maior ou menor grau, sensíveis aos aplausos ou às pateadas de uma platéia de néscios. São como as mulheres, que nenhuma e insensível ao gabo da sua beleza pela boca mais humilde."(Estudos de Literatura Brsileira, José Veríssimo, 1977)

RESUMO

Cinco minutos foi o tempo que o rapaz se atrasou; quando tomou o bonde atrasado, conheceu uma estranha e se apaixonou. Após muito procurar pela voz misteriosa (não conseguiu ver seu rosto), conseguiu apenas a resposta de que não poderiam se juntar pela própria moça. Ela viaja, ele a segue, eles se encontram, se declaram e ele parte para achar uma carta dela.

Na carta ela revela estar mortalmente doente e que está privando-se do amor apenas para não haver a dor da separação. Ele persegue-a até a doca onde está o paquete
que a levará a Europa e, perdendo o navio, toma o próximo. Na Europa encontra-se com ela e dá-lhe um beijo; o beijo leva Carlota (ela revelou o nome na carta) a se recuperar. Eles casam-se e permanecem na Europa por um ano; retornam ao Brasil e estabelecem-se no campo.

O narador-personagem conta a uma prima a história de seu casamento com Carlota. Sem compromisso profissional algum, o aspecto financeiro de suas peregrinações atrás de Carlota não chega jamais a preocupa-lo. Percebe-se nas entrelinhas que o dinheiro é essencial à felicidade; mas o trabalho honesto para consegui-lo é um castigo. Resta, portanto, aos leitores, a impressão final existência digna de um grande amor é indigna de vis preocupações materiais, como o trabalho do dia-a-dia.
(Por: LiteraturaVirtual - João Amálio Ribas& Série Bom livro, Cinco Minutos, Marisa P. Lojolo)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

LEITURA OBRIGATÓRIA: Machado de Assis


Joaquim Maria Machado de Assis (21 de junho de 1839 — 29 de setembro de 1908) foi um poeta, romancista, dramaturgo, contista, jornalista e teatrólogo do Brasil, amplamente considerado como o maior nome da literatura brasileira, consideração praticamente unânime entre os estudiosos da área.
(Winkepedia, acesso 02/12/2008)

O ALTAR E O TRONO

Consensualmente, pensa-se que "O Alienista"(1882) fala da loucura como condição para satirizar o positivismo. Sustenta-se também que o texto ridiculariza a centralização do poder.

Em outras perspectiva,é possível interpretar a novela como paródia da luta pelo controle social, singularizada em momento agudo da disputa entre a igreja e a ciência, que dominam as verdadeiras hipóteses de mando - na narrativa, a política (vereadores e povo) nada mais faz doque se desgastar em gestos de retórica inoperante.

De modo mais amplo, trata-se de uma resposta alegórica humorística a um conjunto de questões do Segundo Reinado: igreja; consolidação da psiquiatria no Brasil; discurssão sobre a unidade do Império.

Fiel a certa diretriz internacionalista da Igreja Católica, o bispo de Olinda, dom Vital de Oliveira, proibiu, em 1872, a presença de maçons nas irmandades de sua jurisdição, no que foi seguido por dom Antônio de Macedo, em Belém. O Estado manisfestou-se contra os interditos episcopais.

Como os bispos relutassem em sobrepor a Coroa ao Vaticano, o Conselho de dom Pedro II condenou-os a quatro anos de prisão. O Vaticano protestou, e a população brasileira ficou dividida. Houve mobilização política e cultural, até que, em 1875, os prelados foram anistiados. O imperador ter-se-ia, então, declardo "vencido, mas não convencido".

Sete anos após o conflito, Machado de Assis entrou no debate por meio da alegoria de "O Alienista", empregandoo ceticismo irônico contra todas as forças em jogo, particularmente contra a Igreja Católica. A novela pode ser entendida como uma variante verbal das caricaturas do período, das quais se pode tomar a de Bordalo Pinheiro como símbolo, graças a seu poder de síntese.

Nas veladas insinuações da autoridade do padre Lopes sobre Simão Bacamarte, vislumbra-se o interminável debate entre a teologia e a ciência, empenhadas com igual obstinação em apresentar a melhor hipótese sobre a origem do mundo e os meios de governá-lo. (...)

No limite, o livro insinua o princípio de que o poer deve emanar da razão, encarnada em feixe ideal de forças concêntricas de virtudes absolutas, que se associam à ciência,à insenção, e à verdade, concebidas como adequação do logos à praxis. Mas, como o mundo vive às avessas, essa noção também não resiste ao riso.
(Folha de São Paulo, Ivan Teixeira, USP/U. do texas)

RESUMO

O Alienista conta as aventuras atrapalhadas do doutor Simão Bacamarte, cientista que monta um hospício em Itaguaí, a Casa Verde. A base do projeto cientifíco do médico é separar o reino da loucura do perfeito juízo. A realidade, porém, é um tanto mais complexa e gera uma brutal confusão. O modo como sanidade e loucura se mistura na mente humana frusta e aborece o doutor. A aparência ou a vida interior das pessoas ligeiramene diferente da norma era suficiente para justificar a internação.


O Alienista, de Machado de Assis, por Fábio Moon e Gabriel Bá

No início, doutor Simão foi bem recebido pelos moradores de Itaguaí, quando ele recolhe os loucos tradicionais da comunidade. Mas as pessoas passaram a se preocupar quando o médico recplhe, na Casa Verde; alguns pacientes tidos como normais pela população. Na prmeira etapa, os internados manifestaram hábitos e atitudes discutíveis, mas toleradas pela sociedade. Gente sem opinião própria, os mentirosos, os poetas de versos em polados, os vaidosos, etc.


O Alienista, de Machado de Assis, por Fábio Moon e Gabriel Bá



Um dia, Bacamarte inverte seus valores numa mudança que causa espanto nos habitantes de Itaguaí. Ele solta todos os recolhidos e passa a internar os leais, os justos e os honestos. Os guardiões da moralidade da cidade passaram a ser submetidos a uma terapia para eliminar essas virtudes, que nada mais são do que casos de loucura. Os tratamentos funcionam e Bacamarte os declara curados. Solta todos e percebe que o único louco irremediável ali era ele próprio. Omédico tranca-se sozinho na Casa Verde e morre alguns meses depois.

O autoritarismo do médico é o grande assunto da obra. Machado sabia que o manicômio era um centro de poder muito antes do movimento antimanicomialda segunda metade do século XX. Em O Alienista, o bardeiro Porfídio lidera uma rebelião contra o hospício.
(Série Nossa Literatura, O Alienista, Heidis Strecker)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

LEITURA OBRIGATÓRIA: Ingês de Sousa


Herculano Marcos Inglês de Sousa (Óbidos, 28 de dezembro de 1853 — Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1918) foi um professor, advogado, político, jornalista e escritor brasileiro, tido por alguns como introdutor do naturalismo na literatura brasileira e um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras. Escreveu inicialmente com o pseudônimo Luiz Dolzani.

COSTUME AMAZÔNICO

O cotidiano amzônico não era somente a imiscuição na vida alheia. As obras de Inglês de Sousa permitem entrever um variado leque de práticas e interações sociais. A hospitalidade, por exemplo, era um valor enraizado na sociedade cacaueira do Amazonas (História de Pescador, Contos Amazônicos). Muito dessa hospitalidade também poderia-se atribuir ao próprio isolamento em que viviam os habitantes ribeirinhos. A população rural da Amazônia dispensava-se por longos e remotos trechos de florestas e rios, consequentemente - excetuando-se a passagem intermitente dos regatões (comêrcio feito por embarcações a partir da relação de troca de bens de consumo, entre o comerciante e o ribeirinho) - as visitas dos vizinhos ou a chegada de hóspedes ilustres, como padres, eram praticamente os únicos contatos que os sertanejos tinham com o mundo exterior, daí serem sempre bem recebidos (Contos Amazônicos, O Coronel Sangrado).

A população rarefeita e a descontiguidade das fazendas nos locais distantes das vilas também contribuíam para os relacionamentos sociais ficassem praticamente restritos aos moradores dos própios domícilios ou aos vizinhos mais próximos. Sendo assim, as festas os momentos em que os vizinhos tinham a chance de se encontrarem e de se divertirem num meio isolado e sem muitas opções de lazer.

As festas típicas na Amazônia tinha como principal atração a música e a dança, da qual todos participavam efusivamente. A animação ficava por conta de alguns poucos músicos instrumentistas que improvisavam uma pequena orquestra bem simples. As danças eram uma mistura deritms nacionais e estrangeiras: quadrilhas, lundu, chorado, catertê, polca e vasoviana...
(Rev. Asas da Palavra, Mauro Barretos, UFPA)

RESUMO

O conto "Acauã", de Inglês de Sousa, é narrado em terceira pessoa. O narrador conta a história fantástica ocorrida com a família do viúvo Capitão Jerônimo Ferreira e sua filha Aninha. Moradores da vila de S. João Batista, localizada no vale do Amazonas. A narrativa é cronológica e gradativa, em seu inícia Aninha possui dois anos de idade, quando seu pai sai para caçar e é acometido pelo passáro Acauã, quando tornou a si, vê uma canoa, onde encontra uma criança que adota e batiza com o nome de Vitória. Aninha aos quatorze anos era franzinha e pálida e Vitória alta, magra e forte(commúsculo de aço). Já, com dezesseis Aninha e pedida em casamento pelo coletor Ribeirinho, seu pai Jerônimo aceita o pedido apesar de sua filha não aceitar, dizia ele: "-Pois agora há de casar que o quero eu". No dia da celebração do casamento o insólito acontece: Vitória aparece na porta da sacristia metamorfoseada de medusa com língua de cobra, o que espanta a todos na Igreja, e faz Aninha cair nos degraus do autar, tendo convusões. Nesse momento e acolhida por seu pai que a tem nos braços, quando derepente ela dobrou os braços em forma de asas de pássaro e começou a gritar "-Acauã!", e por cima do telhado da Igreja ouve-se a resposta de seu grito "-Acauã." Assim todos compreenderam. Era o Acauã.
(Contos Amazônicos, "Acauã")

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