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sábado, 9 de novembro de 2013

PSICANÁLISE E LITERATURA: Uma análise possível do conto “O Enfermeiro”, de Machado de Assis.

Um estudo da personagem A tarefa desse artigo é descobrir o que está oculto nas entrelinhas da declaração do criminoso, ao passo que nesse trabalho possa o leitor sentir-se satisfeito pelo real motivo que levaram Machado a escrever esse conto não para mostrar a injustiça, mas para apresentar a mente de um criminoso e como ela se comporta em vigília a partir da construção ficcional de um criminoso que nega ser o culpado de sua transgressão, ao mesmo tempo revela seu sentimento de culpa. No primeiro momento deste artigo será feita a aproxima da Literatura e a Psicanálise, para no segundo momento apresentarmos a análise do conto “O Enfermeiro”, de Machado de Assis, e discutir sobre o fatalismo da vida do personagem principal e narrador Procópio. Aproximar a Literatura da Psicanálise visa à possibilidade de transmissão desta por meio de uma análise interpretativa do conto psicológico. Essa relação passa necessariamente, pelo enfoque analíticos do texto literário, pois também a Psicanálise trabalha com o verbal via interpretação, entretanto esse verbal pela Psicanálise Clínica é interpretado por meio da expressão na linguagem oral do paciente, enquanto na Crítica Psicanalítica é o texto que é interpretado como expressão escrita do personagem. . A interpretação de textos literários foi uma das atividades de análise, exercidas por Sigmund Freud, considerado o teórico maior da Psicanálise devido à publicação em 1900, da obra “Interpretação de Sonhos”. Ele declarou que embora não fosse um conhecedor de arte, mas um leigo no assunto, que as obras de arte sempre exerceram sobre ele um efeito poderoso, sobretudo a Literatura e a escultura e, menos frequentemente, a pintura. Passava longo tempo contemplando-as, tentando apreendê-las à sua maneira e explicar a razão de seu efeito sobre si mesmo e sobre outras pessoas. Freud dirige sua análise para a intenção do artista, expressada na obra, não para compreendê-la intelectualmente, mas para despertar em nós a mesma “constelação mental” que no artista produziu ímpeto de criar. Ele descobriu na literatura muitos “insights” que anteciparam e corroboraram os seus próprios, exemplo são os estudos das obras “Os irmãos Karamazov”, de Dostoievski, em “Hamlet”, no Neveu de Romeu, de Diderot, em Goethe. Ele pensava no autor como um neurótico obstinado que, pelo seu trabalho criativo, esquivava-se a um colapso, mas também a qualquer cura real. Isto é, o poeta é alguém que sonha acordado e é validado socialmente. Em vez de tentar alterar esse caráter, ele perpetua e publica as suas fantasias. Todavia, a aproximação da Literatura e da Psicanálise pela Critica Psicanalítica atualmente não visa o estudo do processo criador, que caberia a Critica Genética . A Crítica Psicanálistica, o que se pretende é buscar no personagem suas manifestações patológicas, deixando de lado a psicologia do escritor, para assim encontrar o inconsciente do personagem psicológico e para tanto e necessário que o método psicológico de Freud que consiste na análise interpretativa de algumas formações de tipo especial como a neurose obsessiva e a psicose, que se permitem reduzir às suas raízes inconscientes. Nesse sentido, a finalidade da Crítica Psicanálistica é possibilitar que se compreenda a personagem psicológica do texto narrativo em primeira pessoa e seu conflito interior. Para isso é necessário aproximar o discurso da Psicanálise com o textos narrativos, de ordem literária. Porque a Literatura tem seus estudos voltados para a linguagem e sua estrutura, enquanto forma de expressão das imagens verbais, destacando-se nesse sentido a forma. Esses estudos são dirigidos à identificação, na obra literária, de aspectos narrativos, ou seja, a posição do narrador no contexto literário no qual se insere, surgindo o conceito de personagem identificado pela linguagem verbal do discurso. Essa visão, porém, mudou muito dado o desenvolvimento da Literatura em seu plano discursivo, em que o personagem moderno, além de narrar os fatos, protagoniza e pensa em sua condição social enquanto sujeito social da narrativa. Daí, portanto, a possibilidade de estudo psicológico do personagem. O estudo literário, a partir da Crítica Psicanalítica admitiu nesse sentido o caráter não apenas formal da linguagem, mas também a constituição psicológica, em que o conteúdo da obra foi valorizado e a personagem passa a ser interpretada não somente por sua posição enquanto agente social, mas também em relação do seu comportamento e sua constituição psíquica. Nesse trecho do artigo sobre morte (1914-1916), o doutor Freud apresenta o tema da morte como possível de ser encontrado na Literatura, escreve: Constitui resultado inevitável de tudo isso que passamos a procurar no mundo da ficção, na literatura e no teatro a compensação pelo que se perdeu na vida. Ali encontraremos pessoas que sabem morrer - que conseguem inclusive matar alguém. Também só ali pode ser preenchida a condição que possibilita nossa reconciliação com a morte: a saber, que por detrás de todas as vicissitudes da vida devemos ainda ser capazes de preservar intacta uma vida, pois é realmente muito triste que tudo na vida deva ser como num jogo de xadrez, onde um movimento em falso pode forçar-nos a desistir dele, com a diferença, porém, de que não podemos começar uma segunda partida, uma revanche. No domínio da ficção, encontramos a pluralidade de vidas de que necessitamos. Morremos com o herói com o qual nos identificamos; contudo, sobrevivemos a ele, e estamos prontos a morrer novamente, desde que com a mesma segurança, com outro herói. A presença da morte permeia o conto “O Enfermeiro”, que narrado em primeira pessoa trata do tema e do assassinar alguém. Assim o papel da Crítica Psicanalitica é identificar o complexo presente no personagem admitindo ele num meio social de tempo determinado. Os conflitos psicológicos deste personagem principal e narrador que apresenta em forma de declaração sua confissão, em que identifica-se nele dois comportamentos psíquicos um normal e civilizado e outro primitivo e falso. Essas duas características não são parte integrante da pisque do personagem, mas se revelam separadamente tendo como ponto determinante da mudança uma cena de tensão. Procópio no inicio da narrativa apresenta-se como um homem livre de personalidade normal que vive dos favores de um padre antigo colega de escola, recebendo casa e comida em troca de seus serviços de copista. Compreende-se seu egocentrismo em não compreender sua posição subalterna de copista, mas de se coloca na posição do outro para quem trabalha, afirmando “fiz-me teólogo, copiava os estudos de teologia de um padre...” (MACHADO, pg. 93). Ele também possui uma auto estima elevada, pois quando perguntado se gostaria de servir como enfermeiro para um coronel de uma vila do interior ele aceitou e justificou “estava enfadado de copiar citações latinas e fôrmulas eclesiásticas”(idem), chegando a vila recebe as piores nóticias sobre o tratamento do coronel, mesmo assim não volta a traz respondendo “não tinha medo de gente sã, menos ainda de doente”(biidem). Então encontra o vigário que o leva para casa do coronel, onde viria a servir de enfermeiro. Com o conviveu com o coronel Felisberto de personalidade sádica e impulsiva fazem com que Procópio baixe sua estima devido as moléstias e humilhações que passa a sofrer, mas tentando manter se piedoso; declara sobre o coronel; “Se fosse só rabugento, vá: mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros”(MACHADO, pg. 94). Nesse momento o enfermeiro começa a sentir desprazer por estar naquela situação e como era uma pessoa egocêntrica e tinha por ignorância o habito de assumir a personalidade de quem trabalhava, começa a mudar sua personalidade, do que antes era identificada como “discreta e paciente”, passava agora a ser parecida com a do coronel dominado pela maldade, até o momento que assumi “Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão”.(MACHADO, PG. 96). Sentindo-se preso tenta liberta-se mais e convencido pelo coronel que justifica seus atos redimindo-se com Procópio e pedindo que ficasse, porque “não valia a pena zangar por uma rabugice de um velho” (MACHADO, pg. 95). Porém, os maltratos do coronel continuaram e ele foi até o vigário e ao médico avisar que ia embora, todavia os dois convenceram-lo de ficar. Quando na noite de vinte e quatro de agosto de 1960, ele reage ao ataque do coronel que lhe joga uma moringa em sua face e o ameaça de morte, não controlando-se pula e engasga o coronel Felisberto até a morte. A mudança de seu estado psíquico tendo como ponto definidor sua ação criminosa, tenta redimir-se assim como o coronel, velando o morto ocultando as marcas comprometedoras de seu ato ilícito. Tendo o objetivo de desfazer interpretações que levem a identificar esse personagem como um neurótico apresentar-se-á a diferença entre a mente de um neurótico e de um criminoso. No texto “Nos processos jurídicos” (1906), de Sigmund Freud encontra-se essa diferenciação, conforme se segue: “Já apontamos a diferença principal: no neurótico o segredo está oculto de sua própria consciência; no criminoso, o segredo está oculto apenas dos senhores. No primeiro existe uma autêntica ignorância, embora não em todos os sentidos, enquanto no último só existe uma simulação de ignorância. Com essa diferença está em conexão uma outra que tem grande importância prática. Na psicanálise o paciente ajuda a combater sua resistência através de esforços conscientes, porque espera lucrar com essa investigação, isto é, curar-se. O criminoso, ao contrário, não cooperará com o trabalho dos senhores; se o fizesse, estaria trabalhando contra todo o seu próprio ego”. O seu estado psicológico alterado começa a sofrer, pois o fato de não revelar seu crime cria em si uma culpa, que é reprimida, gerando os sintomas alucinatórios e perturbadores que atormentam a consciência culpada do criminoso personagem protagonista e narrador Procópio. O inicio de seu complexo de culpa dar-se-á naquela própria noite quando começa a delira, com a primeira alucinação no próprio velório quando vê o coronel abrir os olhos e conversa com ele. Terminado o velório começa a recalcar esse sentimento de culpa através de alusões e transmissão da culpa para a vitima o coronel para qual prestava serviço, tentando assim convencer o leitor, justificando sua atitude passando de culpado para vitima. Sua ação de aniquilamento do coronel por quem passa a odiar, ler-se-á na teoria freudiana se tratar de uma ação de um “homem primitivo que não tinha qualquer escrúpulo em ocasioná-lo”. Nota-se que o Enfermeiro é uma pessoa que possui essa característica impulsiva quando aceita o compromisso de servir para os cuidados do coronel. O sentimento de culpa ao qual passou a ser sujeito, que para o homem pré-histórico, escreve Freud, resultara do pecado original que a humanidade tem estado sujeita com o advento das doutrinas religiosas, não faziam parte de seu psiquismo, pois afirmava ser um homem sem religião, mas como vive numa sociedade de cultura cristã esses dogmas estão internalizados em sua mente. Portanto a população da vila e enganada pelo enfermeiro, pois compreendem a morte do coronel como “resultado necessário da vida”, e por seu temperamento sua morte passa a ser o pagamento da divida com a sociedade, sendo inevitável e inegável sua ocorrência. Cuidadosamente evitam falar em outra hipótese o que leva a investigação de sua morte a terminar sem culpado. A personalidade de Procópio encontrava-se abalada até o momento de receber a notícia por carta de que é o herdeiro universal do coronel. Nesse instante seu egocentrismo se eleva, assim assume o lugar do coronel e passa a viver em sua morada, todavia seu estado de conflito interior não muda continua alucinando o que o faz vender todos os bens herdados tentando redimir-se por seu assassinato comete as benecias de um bom cristão, mas nada de sanar seu estado patológico. Resolve consultar médicos que confortam seu ego transferindo a culpa para o próprio coronel. Assim, passa a acreditar que foi fatalismo o que acometera-se com ele, indagando-se; “Crime ou luta? Realmente, foi uma luta em que eu, atacado, defendi-me, e na defesa... Foi uma luta desgraçada, uma fatalidade. Feixei-me nessa idéia...”. Então conclui-se que o fatalismo ao qual declara ter sido vitima não passa de uma tentativa de confortar seu ego da culpa sofrida com o trauma do assassinato que cometeu, era sim culpado pela morte do coronel, pois o fato de ser um aristocrata escravista de temperamento maldoso não justifica te-lo matado.

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