Essa pergunta me veio quando estudando para a prova de Mestrado em Currículo pela Universidade Federal do Pará, entretanto para responder essa questão primeiro deveria saber Quais os tipos de professores eu posso ser?
Assim, na bibliografia recomendada para a prova do Mestrado encontrei a resposta a essa segunda pergunta que me levarão a escolher ou mesmo identificar com a reflexão, que tipo de professor eu quero ser. O livro ao qual refiro-me e do professor José Contreras, intitulado "A autonomia de professores", em que o autor debate sobre vários temas dentre eles a proletarização do professor; definindo esse fenômeno como algo que está inserido no debate no seio da comunidade educativa, e consiste na deteriorização das condições de trabalho nas quais o professor esperava alcançar status, porém como o trabalho docente sofreu uma subtração progressiva de uma série de qualidades que conduziram os professores à perda de controle e sentido do próprio trabalho, ou seja, à perda de autonomia. Essa perda de autonomia dos professores é ideológica à qual passam a se verem mergulhados.
Outro tema que destaco deste livro é relevante para o entendimento sobre a perspectiva contemporânia da Educação, revelando as "armadilhas do profissionalismo", ou seja, explica a forma em que o profissionalismo dos professores está como fator de legitimação nas novas políticas de reformas, as quais se caracterizam por uma combinação: das decisões centralizadas mais as metas curriculares claramente definidas e fixadas pelo Estado. Assim pode ser percebida uma mudança das formas de controle que passam da perspectiva direta para a participativa, em que a participação se constrói como um requisito do profissionalismo responsável, de modo que, não colaborar, seria uma falta de profissionalismo. A responsabilidade profissional deixa de ser um ato individual e isolado na sala de aula, para passar a ser coletivo e sobre atuação pedagógica de todo o centro. Então em resumo ver-se-á que a administração define o âmbito curricular, fixa os procedimentos de colaboração e atuação nos centros, organiza a seqüência de ação e prestação de contas, e os docentes desenvolvem profissionalmente o trabalho.
Portanto a atuação docente não é um assunto de decisão unilateral do professor ou professora, tão somente, não se pode entender o ensino atendendo apenas os fatores visíveis em sala de aula. O ensino é um jogo de "práticas aninhadas", onde fatores históricos, culturais, sociais, institucionais e trabalhistas tomam parte, junto com os individuais. Deste ponto de vista, os docentes são simultaneamente veículos através dos quais se concretizam os influxos que geram todos estes fatores, e criadores de respostas mais ou menos adaptadas ou críticas a esses mesmos fatores.
Contreras defini três dimensões da profissionalização do professor: a obrigação moral, o comportamento com a comunidade e a competência profissional. Destaco a obrigação moral do professor, pois torna o professor comprometido com todos os seus alunos e alunas em seu desenvolvimento como pessoas, mesmo sabendo que isso costuma causar tensões e dilemas: é preciso atender o avanço na aprendizagem de seus alunos, enquanto que não se pode esquecer das necessidades e do reconhecimento do valor que, como pessoas, lhe merece todos os alunos. Justificando a partir de Tom (1984), o ensino como um trabalho moral baseado em dois motivos: o primeiro atua-se em relações de desigualdade com os alunos, a qual apenas se sustenta porque se confia em que essa desigualdade não será usada contra a parte mais fraca da relação, mas, ao contrário, para que possam desenvolver recursos e capacidades que o tornem independentes. Segundo Contrera, o fato de pretender-se coisas que só adquirem sentido a partir de uma perspectiva moral: exerce-se influência sobre outros, pretende-se ensinar coisas que só podem ser justificadas por seu desejo, por seu valor.
Agora como não quero tirar do leitor à emoção da descoberta não responderei a pergunta, mesmo sendo meu desejo mostrar ao leitor cada tipo de professor, identificado por Contrera. Entretanto durante o estudando realizado, no ano de 2009, para o provimento de cargos efetivos do quadro de professores concursados. No conteúdo programático incluía a leitura das Leis de Diretrizes e Bases da Educação optei porfazer a leitura do livro “Para entender e Aplicar a Nova LDB”, de Eurides Silva. Nesse livro o autor faz o seguinte comentário do artigo 14, que trata de um assunto de fundamental importância a “gestão democrática” do ensino público. O autor afirma que "a participação da comunidade e vedada sendo sua opinião e idéias burocratizadas e não deixam do papel, pois o diretor não é responsável, sendo uma marionete do político sem autonomia, prevalecendo o coronelismo". Isso porque não a eleições diretas ou indiretas para esse cargo na Escola sendo um cargo de nomeação. E outro ponto importante da LDB comentada por esse autor é o artigo 13 que determina como "o papel do professor apenas o de zelar pela aprendizagem do aluno ministrar os dias letivos e horas aulas, de acordo com a proposta pedagógica da escola, elaborando e cumprindo o plano de trabalho de sua disciplina ou área do conhecimento". Esse é o professor que você quer ser, ou é só esse professor que você pode ser?
E outro conteúdo muito interessante até aqui estudado é a respeito do tema da “inclusão” que destaco o artigo “Dez Elementos Críticos para a Criação de Comunidades de Ensino Inclusivo e Eficaz”, de Beth Schaffner e Bárbara Buswel, muitos dos questionamentos e anseios que possuía foram sendo esclarecidos no decorrer de cada elemento apresentado pelas autoras.
Inicialmente é apresentado o princípio que acredito ser fundamental para a inclusão na escola, partindo da definição de que “todos os alunos”devem ser tratados igualmente, não só aqueles em situação de risco ou deficientes, assim sendo defini-se o principio de que “as boas escolas são boas escolas para todos os alunos”, assim entende-se o ajuste da escola a alguns alunos deve significar o ajuste da escola para todas as crianças.
Logo em seguida apresentam os elementos que presentes na escola contribuem para o sucesso de todos os alunos. Como primeiro passo “o desenvolver uma filosofia comum e um plano estratégico”. Que possibilite uma inclusão democrática e igualitária para todos os alunos. E necessário que o planejamento estratégico possua uma definição da missão a ser desenvolvida na escola, considerando não só a receptividade e o apoio como membros totalmente participantes das classes regulares, em suas escolas. Como solução ao anseio da comunidade as autoras sugerem a craição de uma "Força Tarefa", assim definida sua participação;
FORÇA TAREFA: alunos, os professores, os pais, os alunos, o pessoal de apoio, os administradores, os membros da comunidade e outros estão envolvidos nas equipes de tomada de decisão ou força-tarefa.
São responsáveis:
• Processo contínuo de planejamento
• Monitoramento
• Aprimoramento dos esforços de reforma na escola para garantir seu processo continuado
Os outros noves elementos listados neste artigo são o guia que a Força-Tarefa e toda a comunidade podem seguir para desenvolver e implementar o plano estratégico de inclusão escolar. Que deixo para o leitor estudar e compreender da sua maneira.
(texto em conxtrução: comentários e sugestões encaminhar por email)
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