Neste ensaio devo esclarecer que a análise do conto, de Danton Travisan, “Uma vela para Dário”, será feita pelo víeis da psicologia, mas especificamente pela tendência psicanalista que tem como teórico maior Sigmund Freud. A análise psicanalítica visa o conteúdo do texto não sua forma, ou seja, não será discutido a estrutura narrativa, nem seu papel na construção do texto e sim a inserção das personagens em seu universo inconsciente, seu interior, considerando o consciente como a expressão externa. O discurso direto e uma das formas de análise do comportamento e as ações são formas das qual o crítico pode se sustentar para a construção da psicologia do personagem, identificando o caso emque está inserido dentrodo referêncial psicanalítico.
O personagem Dário está andando quando resolve descansar, vindo a perder a consciência, as pessoas começaram a circular ao seu redor, achavam o morto. O fato de não ser uma pessoa familiar para ninguém que passava pelo local, leva me a concidera-lo um estranho, o que Freud denomina de “estranho” é assustador precisamente porque não é conhecido e familiar”, indubitavelmente foi assustador para o público do local, pois não só a morte provoca medo na civilização como,também, um estranho.
No início, a incerteza do escritor ao criar em nós a dúvida de ser um espaço real ou puramente fantástico, todavia essa incerteza e desfeita quando pelo decorrer do conto. Veja que os transeuntes tomaram atitude de homens selvagem, pois o corpo de Dário foi carregado na tentativa de assim desfazer-se de algo que consideravam como inimigo por ser estranho, e, também, o fato das pessoas sentadas nas mesas do restaurante café identificando-se com ele desaparençam.
Então ele passou a tarde sendo observado pelos transeuntes, quando à noite o guarda decidiu que o caso era com o rabecão, isso fez com que todos se satisfizessem com a situação e o deixaram para evitar o desprazer levado pela morte, porém apenas um homem piedoso cruzou suas mãos no peito e um menino negro e descalço lhe acende uma vela. Este menino chama atenção para o fim do complexo de “Édipo”, em que ao velar Dário introgeta a figura de seu próprio pai morto, que com sua atitude não viria seu espírito incomoda.
Assim, com a última palavra do guarda as pessoas foram para suas casas fecharam as portas e janelas e ausentaram sua responsabilidade esquecendo o acontecido para evitar a angústia e Dário ficou a espera do rabecão, ou seja, o carro fúnebre.
A biologia não conseguiu ainda responder se a morte é o destino inevitável de todo ser vivo ou se é apenas um evento regular, no caso do estranho Dário, pode-se ver o medo na velha crença de que “o morto torna-se inimigo do seu sobrevivente” e procura leva-lo para partilhar da nova existência. Todavia todas as pessoas supostamente educadas cessaram oficialmente de acreditar que o morto pode torna-se um espírito, a atitude emocional dessas personagem no conto demonstra que atualmente o morto é reduzido a um sentimento de piedade.
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