
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
FICHAMENTO: CONTRERAS, José. A autonomia de professores, ed Cortex; São Paulo, tradução Sandra Trabucco Velenzuela; 2002
1- Debate sobre a proletarização do professaor
Defina o fenômeno que passou a ser chamado de processo de proletarização do professor?
R: O fenômeno de proletarização do professor está inserido nos debates no seio da comunidade educativa, e consiste na deteriorização das condições de trabalho nas quais o professor esperava alcançar status. Essa tese básica da proletarização do professor, é sustentada por CONTRERAS, que define como “o trabalho docente sofreu uma subtração progressiva de uma série de qualidades que conduziram os professores à perda de controle e sentido sobre o próprio trabalho, ou seja, à perda de autonomia. Como tenta mostrar em seu livro, o que está em jogo na perda de autonomia dos professores é tanto o controle técnico ao qual possam estar submetidos como a desorientação ideológica à qual possam se ver mergulhados”. (pg. 33)
CRÍTICA AO MODELO CAPITALISTA
JIMÉNEZ JAÉN (1988)
“tem como base teórica a análise marxista das condições de trabalho do modo de produção capitalista e o desenvolvimento e aplicação dessas propostas realizadas por BRAVERMAN (1974). A partir sobretudo do trabalho deste autor, foi analisada a lógica racionalizadora das empresas e da produção em geral. Com o objetivo de garantir o controle sobre o processo produtivo, este era subdividido em processos cada vez mais simples, de maneira que os operários eram especializados em aspectos cada vez mais reduzidos da cadeia produtiva, perdendo deste modo a perspectiva de conjunto, bem como a destrezas que anteriormente necessitavam para o trabalho”. (pg. 34)
O TAYLORISMO
O taylorismo toma seu nome da obra de Taylor (1911), The principles and methods of scientific management, A “gestão científica do trabalho” consiste na decomposição do mesmo em tarefas e rotinas mínimas, com a especificação de ações e medidas de tempo de execução para cada uma delas e com a atribuição da organização “científica” no trabalho supõe o surgimento de novas figuras na hierarquia da organização, em especial a dos gestores científicos, que planejam o trabalho, e o dos inspetores ou supervisores, que verificam o enquadre dos funcionários às especificações de tarefas e tempo de execução. O taylorismo supunha a aplicação à empresa dos valores e práticas reinantes na ciência daquela época: a fragmentação e a atomização (a decomposição de qualquer processo ou fenômeno em suas partes mais elementares), a medição e controle sobre os fenômenos (neste caso, um fenômeno social como é a organização do trabalho). Uma análise recente do fenômeno do taylorismo pode ser encontrada em Allen et al (1992); Salaman (1992). Para sua incidência na educação, ver Ângulo (1989); Varela (1982)
(pg. 34)
NOTA: na situação de dificuldade o professor deve encontrar:
SOLUÇÕES ALTERNATIVAS
AS ARMADILHAS DA PROFISSIONALISMO
SMYTH(1991)
l explica a forma em que o profissionalismo dos professores está-se redefinindo como fator de legitimação nas novas políticas de reformas, as quais se caracterizam por uma combinação:
decisões centralizadas + metas curriculares claramente
definidas e fixadas pelo Estado
pg. 66
OBS: A participação se constrói como um requisito do profissionalismo responsável, de modo que, não colaborar, seria uma falta de profissionalismo.
as formas de controle, passam:
diretas participativas
A responsabilidade profissional deixa de ser um ato individual e isolado na sala de aula, para passar a ser coletivo e sobre anatuação pedagógica de todo o centro.
Em resumo: a Administração define o âmbito curricular, fixa os procedimentos de colaboração e atuação nos centros, organiza a seqüência de ação e prestação de contas, e os docentes desenvolvem profissionalmente o trabalho (Smyth, 1991) (pg. 67)
Colegialização artificial
-HARGREAVES e DAVES
A profissionalização atua como modo de garantir a colaboração sem discutir os limites de atuação.
Conclusão
se nos fixarmos mais no que o trabalho do professor tem de educativo do que no que ele teria de “profissão” (como o conjunto de características sociologicamente definidas em certas ocupações, ou como estratégias corporativista das mesmas). Neste sentido, estaríamos tentando definir a autonomia como qualidade educativo, e não como qualidade profissional, do trabalho docente. (pg. 70)
CAPITULO III
Como explicou GIMENO (1990), a atuação docente não é um assunto de decisão unilateral do professor ou professora, tão-somente, não se pode entender o ensino atendendo apenas os fatores visíveis em sala de aula. O ensino é um jogo de “práticas aninhadas”, onde fatores históricos, culturais, sociais, institucionais e trabalhistas tomam parte, junto com os individuais. Deste ponto de vista, os docentes são simultaneamente veículo através dos quais se concretizam os influxos que geram todos estes fatores, e criadores de respostas mais ou menos adaptativas ou críticas a esses mesmos fatores. (pg. 75)
Três dimensões da profissionalidade:
a) a obrigação moral
b) o comportamento com a comunidade
c) a competência profissional
A) a obrigação moral
O PROFESSOR
esta comprometido com todos os seus alunos e alunas em seu desenvolvimento como pessoas, mesmo sabendo que isso costuma causar tensões e dilemas: é preciso atender o avanço na aprendizagem de seus alunos, enquanto que não se pode esquecer das necessidades e do reconhecimento do valor que, como pessoas, lhe merece todo o alunado. (pg. 76)
TOM (1984)
Justificou também o ensino como um trabalho moral, baseando-se em dois motivos:
A) Atua-se em relação de desigualdade com os alunos, a qual apenas se sustenta porque se confia em que essa desigualdade não será usada contra a parte mais fraca da relação, mas, ao contrário, para que possam desenvolver recursos e capacidades que os tornem independentes.
B) Pretendem-se coisas que só adquirem sentido a partir de uma perspectiva moral: exerce-se influência sobre outros, pretende-se ensinar coisas que só podem ser justificadas por seu desejo, por seu valor. (pg. 77)
LABARECE (1992)
Concepções profissionais:
professores ------------ professoras
racionalismo cuidado
centrados na tarefa apoio emocional
abstração do conteúdo centrado na pessoa
enfocado no contexto
CITO POR FIM: kante e sua razão pura
"Saber aquilo que racionalmente se deve indagar, já por si prova exuberância de
entendimento e sabedoria; porque se a pergunta é absurda em si e requer respostas ociosas, não só desonra a quem a formula, como produz o inconve niente de precipitar no absurdo ao que sem pensar responde e dá deste modo o triste espetáculo de duas pessoas que, como dizem os antigos, um ordenha enquanto o outro segura a vasilha".
Defina o fenômeno que passou a ser chamado de processo de proletarização do professor?
R: O fenômeno de proletarização do professor está inserido nos debates no seio da comunidade educativa, e consiste na deteriorização das condições de trabalho nas quais o professor esperava alcançar status. Essa tese básica da proletarização do professor, é sustentada por CONTRERAS, que define como “o trabalho docente sofreu uma subtração progressiva de uma série de qualidades que conduziram os professores à perda de controle e sentido sobre o próprio trabalho, ou seja, à perda de autonomia. Como tenta mostrar em seu livro, o que está em jogo na perda de autonomia dos professores é tanto o controle técnico ao qual possam estar submetidos como a desorientação ideológica à qual possam se ver mergulhados”. (pg. 33)
CRÍTICA AO MODELO CAPITALISTA
JIMÉNEZ JAÉN (1988)
“tem como base teórica a análise marxista das condições de trabalho do modo de produção capitalista e o desenvolvimento e aplicação dessas propostas realizadas por BRAVERMAN (1974). A partir sobretudo do trabalho deste autor, foi analisada a lógica racionalizadora das empresas e da produção em geral. Com o objetivo de garantir o controle sobre o processo produtivo, este era subdividido em processos cada vez mais simples, de maneira que os operários eram especializados em aspectos cada vez mais reduzidos da cadeia produtiva, perdendo deste modo a perspectiva de conjunto, bem como a destrezas que anteriormente necessitavam para o trabalho”. (pg. 34)
O TAYLORISMO
O taylorismo toma seu nome da obra de Taylor (1911), The principles and methods of scientific management, A “gestão científica do trabalho” consiste na decomposição do mesmo em tarefas e rotinas mínimas, com a especificação de ações e medidas de tempo de execução para cada uma delas e com a atribuição da organização “científica” no trabalho supõe o surgimento de novas figuras na hierarquia da organização, em especial a dos gestores científicos, que planejam o trabalho, e o dos inspetores ou supervisores, que verificam o enquadre dos funcionários às especificações de tarefas e tempo de execução. O taylorismo supunha a aplicação à empresa dos valores e práticas reinantes na ciência daquela época: a fragmentação e a atomização (a decomposição de qualquer processo ou fenômeno em suas partes mais elementares), a medição e controle sobre os fenômenos (neste caso, um fenômeno social como é a organização do trabalho). Uma análise recente do fenômeno do taylorismo pode ser encontrada em Allen et al (1992); Salaman (1992). Para sua incidência na educação, ver Ângulo (1989); Varela (1982)
(pg. 34)
NOTA: na situação de dificuldade o professor deve encontrar:
SOLUÇÕES ALTERNATIVAS
AS ARMADILHAS DA PROFISSIONALISMO
SMYTH(1991)
l explica a forma em que o profissionalismo dos professores está-se redefinindo como fator de legitimação nas novas políticas de reformas, as quais se caracterizam por uma combinação:
decisões centralizadas + metas curriculares claramente
definidas e fixadas pelo Estado
pg. 66
OBS: A participação se constrói como um requisito do profissionalismo responsável, de modo que, não colaborar, seria uma falta de profissionalismo.
as formas de controle, passam:
diretas participativas
A responsabilidade profissional deixa de ser um ato individual e isolado na sala de aula, para passar a ser coletivo e sobre anatuação pedagógica de todo o centro.
Em resumo: a Administração define o âmbito curricular, fixa os procedimentos de colaboração e atuação nos centros, organiza a seqüência de ação e prestação de contas, e os docentes desenvolvem profissionalmente o trabalho (Smyth, 1991) (pg. 67)
Colegialização artificial
-HARGREAVES e DAVES
A profissionalização atua como modo de garantir a colaboração sem discutir os limites de atuação.
Conclusão
se nos fixarmos mais no que o trabalho do professor tem de educativo do que no que ele teria de “profissão” (como o conjunto de características sociologicamente definidas em certas ocupações, ou como estratégias corporativista das mesmas). Neste sentido, estaríamos tentando definir a autonomia como qualidade educativo, e não como qualidade profissional, do trabalho docente. (pg. 70)
CAPITULO III
Como explicou GIMENO (1990), a atuação docente não é um assunto de decisão unilateral do professor ou professora, tão-somente, não se pode entender o ensino atendendo apenas os fatores visíveis em sala de aula. O ensino é um jogo de “práticas aninhadas”, onde fatores históricos, culturais, sociais, institucionais e trabalhistas tomam parte, junto com os individuais. Deste ponto de vista, os docentes são simultaneamente veículo através dos quais se concretizam os influxos que geram todos estes fatores, e criadores de respostas mais ou menos adaptativas ou críticas a esses mesmos fatores. (pg. 75)
Três dimensões da profissionalidade:
a) a obrigação moral
b) o comportamento com a comunidade
c) a competência profissional
A) a obrigação moral
O PROFESSOR
esta comprometido com todos os seus alunos e alunas em seu desenvolvimento como pessoas, mesmo sabendo que isso costuma causar tensões e dilemas: é preciso atender o avanço na aprendizagem de seus alunos, enquanto que não se pode esquecer das necessidades e do reconhecimento do valor que, como pessoas, lhe merece todo o alunado. (pg. 76)
TOM (1984)
Justificou também o ensino como um trabalho moral, baseando-se em dois motivos:
A) Atua-se em relação de desigualdade com os alunos, a qual apenas se sustenta porque se confia em que essa desigualdade não será usada contra a parte mais fraca da relação, mas, ao contrário, para que possam desenvolver recursos e capacidades que os tornem independentes.
B) Pretendem-se coisas que só adquirem sentido a partir de uma perspectiva moral: exerce-se influência sobre outros, pretende-se ensinar coisas que só podem ser justificadas por seu desejo, por seu valor. (pg. 77)
LABARECE (1992)
Concepções profissionais:
professores ------------ professoras
racionalismo cuidado
centrados na tarefa apoio emocional
abstração do conteúdo centrado na pessoa
enfocado no contexto
CITO POR FIM: kante e sua razão pura
"Saber aquilo que racionalmente se deve indagar, já por si prova exuberância de
entendimento e sabedoria; porque se a pergunta é absurda em si e requer respostas ociosas, não só desonra a quem a formula, como produz o inconve niente de precipitar no absurdo ao que sem pensar responde e dá deste modo o triste espetáculo de duas pessoas que, como dizem os antigos, um ordenha enquanto o outro segura a vasilha".
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
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