quarta-feira, 9 de maio de 2012
O Encantado
Numa cidade localizada na região Norte do Brasil existe como conta os habitantes do lugar uma aparição que vagueia nas noites pelas ruas. Poucos foram às pessoas que a viram, a contar três, Seu Antônio pescador, Dona Braga beata e a jovem Jessika estudante. E comum, nessa cidade, o encontro no final da tarde na mercearia de Seu Freitas, onde se escuta de tudo um pouco. Lá o pesquisador do IFNOPAP coletou a narrativa desses três habitantes.
O primeiro, Seu Antonio, viu a aparição quando voltava da pescaria. Ele diz não lembrar de muita coisa do acontecido, pois desmaiou logo que sentiu o cheiro da fumaça mal cheirosa que a “coisa”, como chama, soltava e que cobria seu rosto. O pesquisador logo supôs ser a “Matita”.
Todavia a segunda, Dona Braga, lembra do sorriso do “mostro” que era tão lindo e contagiante, que a fez rir durante dias, ocorrendo de o padre ter de exorcizar Dona Braga, para que, ela pudesse parar de rir. Conta não ter visto a fumaça que Seu Antonio havia visto que quase lhe pões cego, mas sim na escuridão avistou e ouviu aquele belíssimo sorriso. Isso confundiu o pesquisador que supunha ser a “Matita” a aparição, mas com sua experiência de catalogação de três mil contos populares da região amazônica nunca havia lido essa manifestação, fato novo para seu registro.
A terceira pessoa quase morre afogada, a jovem Jessika, andava a noite de sua casa para a casa de sua avó, levava uns bijus que sua tia havia preparado, quando viu um homem de costas, vestia-se todo de branco e tinha o chapéu branco. O homem caminhava tranqüilo e elegante em direção ao rio. A jovem curiosa foi atraída por seus passos até a beira do rio. Conta que nesse momento o viu entrar vagarosamente no rio, depois só lembra de acordar no hospital. Contam os habitantes que o jovem pescador Marcos havia salvo a jovem da morte, depois de brigar com a criatura embaixo do rio tirando-a dos braços da aparição. Agora, o pesquisador encontrava-se confuso não sabia se tratava de uma mesma aparição ou de várias, porque a semelhança com a narrativa do “boto” era evidente.
Achou o pesquisador de conferir o fato. Colocou-se no mesmo lugar que as três vitimas haviam estados. Depois de três noites sem nada presenciar, no dia dois de novembro, sentiu o cheiro de uma fumaça mal cheirosa, pensou era a pista que procurava. Seguindo o cheiro logo viu a fumaça e ouviu o sorriso. Pensou “meu deus” é a aparição. Apertou o passo é viu o senhor de branco, quando gritou: Ei, aguarde!, Fala minha língua? Quem és tu? Seguiram perguntas uma atrás da outra como, no entanto não obteve nem uma resposta.
Resolveu correr antes que a aparição desaparecesse no fundo do rio. Foi quando num repente a figura estava soltando fumaça e sorrindo na sua frente. Na manhã seguinte, foi o primeiro a chegar na mercearia de Seu Freitas, passou a manhã e a tarde bebendo cachaça e alucinando sobre o ocorrido na noite anterior, tentava lembrar-se do que havia acontecido, logo depois, que a criatura apareceu na sua frente sorrindo. Quando no final da tarde, quando muitos habitantes encontravam-se ao seu redor ouviu a mesma palavra que o fez desmaiar na noite e que o fez gritar:- “ENCANTADO”, assustados os habitantes correram para suas casas, enquanto o pesquisador não parava de gritar. Depois de alguns minutos já sem voes percebeu que estava só.
Seguiu para a capital Belém, no primeiro ônibus, pela manhã, na chegada foi direto para a Universidade Federal do Pará, onde fica o IFNOPAP, e lá encontrou o maior intelectual no assunto o doutor João de Jesus Paes Loureiro, que logo depois de ouvir sua estória respondeu tratar-se o “encantado” de um ser mitológico que mora no fundo das águas do rio e que submerge de seu fundo”.
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