
Antonio Tavernard nasceu na Vila de São João do Pinheiro, atual Icoaraci, onde iniciou seus estudos. Logo depois, residindo já em Belém fez o curso de humanidades no Ginásio Paes de Carvalho, onde ajudou a organizar e fazer publicações para o jornal G.P.C, bastante divulgado na época entre os estudantes. Em 1925 terminou o ginásio e em 1926 ingressou na faculdade de Direito do Pará, onde teve sua vida encurtada por ter contraído hanseníase.
(Winkipédia)
LOUCO DE AMOR
Louco!
Louco de amor!
Possuir na vida, todo feito
de sonho e de Ilusão,
Um amor sagrado
e vê-lo de repente.
Aniquilado!
Lírio de cinzas.
Álgido desfeito
Oh! suplício cruel dos prometheus!
e ser ave no inverno
Sem seu ninho
É recordar o sol
e ser ceguinho
É ser proscrito
e acreditar em Deus!
Na tarde do rompimento
Chovia
e a tarde
Chorava!
O arvoredo soluçava
Saludido pelo vento
e as nossas mãos tristemente
Iam-se aos poucos
Deixando...
Como elos de correntes.
Que dos poucos se vão...
Quebrando!
Hoje...
Se choro,
Gargalham
Minh'alma estraçalham
Zombando da minha dor...
Maluco... me chama
e eu prossigo...
Sem carinho
e sem amigo
Louco!
Mas louco!
De amor!
(Obras Reunidas de Antonio Tavernard, volume I (POESIA), edição de 1986)
Noto: Estava no Sistema Integrado de Museus no departamento de documentação. Quando recebi a incubência de realizar a decupagem das fitas do acervo, do Museu da Imagem e do Som, recentemente integrado ao Sistema Integrado de Museus. Nesse período fazia-se o Cetenário do Maestro Waldemar Henrique. Decupando as fitas referentes ao maestro, tive o privilêgio de assistir um treço do musical "Casa da Viúva Costa", musicada por Waldemar Henrique. Nesse treço da fita o ator caracterizado como um vagabundo canta na vaguidão da noite a poesia, de Antônio Tavernad, feita para o musical, "Louco de Amor", nesse momento escorreu uma lágrima de nostalgia.
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