
José Martiniano de Alencar (Messejana, 1 de maio de 1829 — Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro. Filho de influente senador, José de Alencar formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária através dos jornais Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Foi casado com Ana Cochrane. Irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto Cochrane de Alencar.
(Wikipédia, acesso 04/12/2008
REFLEXÃO SOBRE ALENCAR
José de Alencar não era de modo algum um filosofo para conformar-se com a maneira por que o público fluminense o acolheu a ele e à sua alma de uma impressionabilidade doentia, um delicado, apto a se ofender de tudo. Não fora assim, ele começaria por compreender que o seu drama era um verdadeiro desafio ao sentimento da ocasião, que não podia ser senão mal recebido, e que só havia duas coisas a fazer, ou retirá-lo por se furtar à dor de um desastre, que a sua sensibilidade tomaria quase como uma afronta pessoal; ou ir bizarramente com ele à cena, arrostando os preconceitos e os sentimentos do público, sotopondo a sua arte aos juízos do vulgo, menosprezando de antemão o êxito, qualquer que ele fosse, sobrepondo a tudo a confiança na sua inspiração, a sua siceridade de artista a sua convicção de pensador, pronto finalmente a sorrir igualmente à vitória ou à derrota.

Mas seria não conhecer os escritores, os poetas, os artistas, os simples literatos, e, principalmente, seria desconhecer por completo José de Alencar, exigir tanto. Por mais que gritem o seu desprezo pela multidão, por mais que proclamem o seu desdém pelo "vulgo vil sem nome", por mais que se encerrem na "torre de marfim" de poetas olímpicos ou de intelectuais refinados, por mais que digam que não trabalham senão por amor de si mesmos, da sua arte, e de uma resumida escolha de iniciados, são homens, e homens mais cheios de vaidade que nenhuns outros talvez. E são todos, em maior ou menor grau, sensíveis aos aplausos ou às pateadas de uma platéia de néscios. São como as mulheres, que nenhuma e insensível ao gabo da sua beleza pela boca mais humilde."(Estudos de Literatura Brsileira, José Veríssimo, 1977)
RESUMO
Cinco minutos foi o tempo que o rapaz se atrasou; quando tomou o bonde atrasado, conheceu uma estranha e se apaixonou. Após muito procurar pela voz misteriosa (não conseguiu ver seu rosto), conseguiu apenas a resposta de que não poderiam se juntar pela própria moça. Ela viaja, ele a segue, eles se encontram, se declaram e ele parte para achar uma carta dela.
Na carta ela revela estar mortalmente doente e que está privando-se do amor apenas para não haver a dor da separação. Ele persegue-a até a doca onde está o paquete
que a levará a Europa e, perdendo o navio, toma o próximo. Na Europa encontra-se com ela e dá-lhe um beijo; o beijo leva Carlota (ela revelou o nome na carta) a se recuperar. Eles casam-se e permanecem na Europa por um ano; retornam ao Brasil e estabelecem-se no campo.

O narador-personagem conta a uma prima a história de seu casamento com Carlota. Sem compromisso profissional algum, o aspecto financeiro de suas peregrinações atrás de Carlota não chega jamais a preocupa-lo. Percebe-se nas entrelinhas que o dinheiro é essencial à felicidade; mas o trabalho honesto para consegui-lo é um castigo. Resta, portanto, aos leitores, a impressão final existência digna de um grande amor é indigna de vis preocupações materiais, como o trabalho do dia-a-dia.
(Por: LiteraturaVirtual - João Amálio Ribas& Série Bom livro, Cinco Minutos, Marisa P. Lojolo)
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